Department of Chemistry, Universidade Federal do Paraná (UFPR), 81531-980, Curitiba, PR, Brazil
Elisa S. Orth é professora da Universidade Federal do Paraná (Brasil) e líder do grupo de pesquisa “Grupo de Catálise e Cinética”. Sua pesquisa se concentra em química de organofosforados, processos de neutralização e detecção de agroquímicos e simuladores de guerra química, ciência forense, segurança química, mitigação de desastres, catálise, funcionalização de biopolímeros, nanomateriais e recursos renováveis; e química verde. É membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências e recebeu mais de 30 prêmios, com destaque para o Brazilian Women in Chemistry and Related Sciences (American Chemical Society, Brasil, 2019), IUPAC Young Chemist Periodic Table (França, 2018), PhosAgro/UNESCO/IUPAC Green Chemistry for Life (2018-Tailândia), International Rising Talents (L’Oréal-UNESCO, França, 2016) e For Women in Science (ABC-L’Oréal-UNESCO, Brasil, 2015). Ela é membro do conselho consultivo científico da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW; Haia; Prêmio Nobel da Paz 2013). Ela também está envolvida em atividades de igualdade de gênero e divulgação científica.
Quão seguros estamos em relação aos agrotóxicos? Seu uso abusivo e impróprio, juntamente com a problemática dos estoques ameaçadores (não utilizados ou proibidos), são de grande preocupação, o que exige métodos eficientes de neutralização e monitoramento. Os catalisadores por projeto são uma abordagem promissora para neutralizar organofosforados tóxicos (por exemplo, agrotóxicos e guerra química), uma vez que essas reações são extremamente lentas. A funcionalização do alvo de grupos nucleofílicos em modelos biopoliméricos permite o desenvolvimento de catalisadores eficientes e sustentáveis para a degradação de organofosforados. Nossa abordagem tem como objetivo tornar o processo mais verde por meio da mono e bifuncionalização racional dos grupos de ácidos carboxílicos com imidazóis, hidroxamatos e/ou amidoximatos em suportes biocompatíveis e renováveis: (i) goma arábica (subproduto comercial e da indústria de taninos), (ii) materiais celulósicos (carboximetilcelulose e derivados de nanocelulose) e (iii) resíduos celulósicos (casca de arroz e de camarão). O uso de nucleófilos ancorados em modelos melhora a neutralização por catálise e promove caminhos seletivos e de reciclagem para a desintoxicação. Além disso, as amostras foram obtidas em diferentes formas, como sólido, coloidal e gel, que mostraram altas melhorias na taxa. Os catalisadores bifuncionalizados também revelam alguns insights sobre os efeitos do grupo vizinho. Também desenvolvemos géis neutralizantes para prevenção de intoxicação. De modo geral, a segurança química e a proteção podem ser realizadas com sucesso para compostos altamente tóxicos com base em catalisadores sustentáveis estrategicamente projetados. Eles são otimizados a partir de jogos de azar com diferentes suportes poliméricos, grupos catalíticos, sinergia do suporte, mecanismo e processabilidade (gel, coloidal, sólido).
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